Irapuan Ruas - "O BICHO PEGÔ" UMA HISTÓRIA DE SUCESSO
É difícil encontrar alguém em São Vicente e na Baixada Santista que não tenha ouvido falar neste grupo "O Bicho Pegô". Com um trabalho pioneiro e ousado, abriu caminho para muitos outros grupos na cidade. Com sua marca registrada, O Bicho Pegô atrai uma multidão por onde passa.
Com 15 anos de estrada já marcou seu nome no Carnaval e em todas as manifestações de folia da região. Irapuan Ruas é o grande idealizador deste projeto, que desde o inicio preocupou-se em levar alegria, interação e saúde ao público.
Ele nos conta nesta matéria sobre o inicio deste projeto e alguns dos pontos relevantes na sua carreira.
Sua atuação na cidade é marcada pelo seu profissionalismo, de seus professores e dançarinos.
Irapuan fala um pouco das dificuldades impostas pelo preconceito que foram sendo vencidas com o resultado de um trabalho feito com amor e muita dedicação.
Vamos conhecer um pouco mais sobre esta personalidade de São Vicente e seu Grupo "O BICHO PEGÔ"
Irapuan Ruas: Surgiu da necessidade em alegrar o Carnaval vicentino através da dança em 1996, pois muitas bandas necessitavam de belos dançarinos com corpos esculpidos e que chamassem a atenção, e nós tínhamos este perfil. O que não sabiam é que iria surgir a partir dali um grupo de dança animativa e renomado com força de banda na região. Eu via muito um rapaz animar a turma, era o Marcelo Ricky e me espelhei nisso, criei minha forma de animar dançando. Era época do É O TCHAN, TERRA SAMBA, IVETE SANGALO ainda era banda EVA e muitas outras bandas que faziam a cabeça e a alegria do povo, nem grupo formado tínhamos. Precisávamos criar um nome, um nome que pegasse na cabeça das pessoas, lembrei-me que éramos vistos como dançarinos da BAHIA com "H". Me deu um estalo e disse: _ somos a partir de agora o grupo da BAÌA, COM "I", de São Vicente por que O BICHO PEGÔ meu rei! Sendo assim saiu este nome e decidimos batizá-lo.
Irapuan Ruas: No início de 1995, sendo professor de educação física, eu dava aulas de hidroginástica no Tumiarú e usava as danças que embalavam Porto seguro para animar minha turma. Tive problemas familiares, onde meu pai começou a adoecer e precisei acompanhá-lo sempre ao hospital, pois tinha ele como um ídolo. Devido a varias ausências nas minhas aulas decidiram me dispensar em comum acordo para poder cuidar de meu pai. A partir dali vieram vários problemas e não consegui me levantar mais na área aquativa. Em uma das recuperações de meu pai, desempregado, comecei a elaborar e montar coreografias e fiz novamente propostas ao clube onde amava estar. Comecei a dar aulas de lambaeróbica, era uma febre tinha cerca de 150 alunos em um horário, a sala de aula no inverno era tão quente que pingávamos... (rsrs). Decidi montar em 1996 o Grupo vicentino de lambaeróbica do Tumiarú, foi sucesso, levava todas as alunas selecionadas para se apresentarem em todos os locais até no famoso programa vicentino Ilha Porchat na TV... (rsrs). Comecei a multiplicar meu trabalho, a dar aulas em todas as academias de São Vicente, lembro-me que aos sábados as aulas eram de R$ 1,00 e bombavam desde as 10 da manhã ate às 20 h. Saia de uma e ia para outra, era loucura. A partir dai, decidi que necessitaria montar um trabalho mais selecionado, pois as empresas, casas noturnas me cobravam muito. Foi ai que montamos O BICHO PEGÔ, me lembro até hoje o primeiro show no Itararé da banda BEIJO e JOTA QUEST que estava iniciando (rsrsrs). Loucura, febre total. Criamos a partir dali uma multidão de fãs que nos perseguem até hoje.
Irapuan Ruas: O melhor caminho é dar oportunidade a quem ama a dança e sabe que a dança faz parte de seu ciclo de vida. Nós como artistas, buscamos longe nossos sonhos em outras cidades, outros estados e até em outro país, mas o que se deve contar é que não temos representantes políticos na área vicentina, poucos empresários também que acreditam no negócio da dança, a falta de estrutura faz com que nós busquemos em outro lugar nossa felicidade pessoal e profissional.
Dançarinos de SV: Qual a importância da família?
Ele nos conta nesta matéria sobre o inicio deste projeto e alguns dos pontos relevantes na sua carreira.
Sua atuação na cidade é marcada pelo seu profissionalismo, de seus professores e dançarinos.
Irapuan fala um pouco das dificuldades impostas pelo preconceito que foram sendo vencidas com o resultado de um trabalho feito com amor e muita dedicação.
Vamos conhecer um pouco mais sobre esta personalidade de São Vicente e seu Grupo "O BICHO PEGÔ"
Irapuan Ruas: O
Bicho Pegô existe desde 1997, quando montamos um pequeno grupo de 6 dançarinos
em busca de um sonho, o sonho em ser famoso na cidade onde amamos, São Vicente.
A lambada tinha acabado de estar em seu auge e entrou o refresco da lambada,
a Lambaeróbica, como diziam os nativos de Porto seguro. Eu tinha que
trazer isto para São Vicente, foi minha missão.
Irapuan Ruas: Surgiu da necessidade em alegrar o Carnaval vicentino através da dança em 1996, pois muitas bandas necessitavam de belos dançarinos com corpos esculpidos e que chamassem a atenção, e nós tínhamos este perfil. O que não sabiam é que iria surgir a partir dali um grupo de dança animativa e renomado com força de banda na região. Eu via muito um rapaz animar a turma, era o Marcelo Ricky e me espelhei nisso, criei minha forma de animar dançando. Era época do É O TCHAN, TERRA SAMBA, IVETE SANGALO ainda era banda EVA e muitas outras bandas que faziam a cabeça e a alegria do povo, nem grupo formado tínhamos. Precisávamos criar um nome, um nome que pegasse na cabeça das pessoas, lembrei-me que éramos vistos como dançarinos da BAHIA com "H". Me deu um estalo e disse: _ somos a partir de agora o grupo da BAÌA, COM "I", de São Vicente por que O BICHO PEGÔ meu rei! Sendo assim saiu este nome e decidimos batizá-lo.
Dançarinos de SV: Conte-nos um pouco sobre os primeiros trabalhos com o grupo e sobre as
principais dificuldades que você enfrentou no início?
Irapuan Ruas: No início de 1995, sendo professor de educação física, eu dava aulas de hidroginástica no Tumiarú e usava as danças que embalavam Porto seguro para animar minha turma. Tive problemas familiares, onde meu pai começou a adoecer e precisei acompanhá-lo sempre ao hospital, pois tinha ele como um ídolo. Devido a varias ausências nas minhas aulas decidiram me dispensar em comum acordo para poder cuidar de meu pai. A partir dali vieram vários problemas e não consegui me levantar mais na área aquativa. Em uma das recuperações de meu pai, desempregado, comecei a elaborar e montar coreografias e fiz novamente propostas ao clube onde amava estar. Comecei a dar aulas de lambaeróbica, era uma febre tinha cerca de 150 alunos em um horário, a sala de aula no inverno era tão quente que pingávamos... (rsrs). Decidi montar em 1996 o Grupo vicentino de lambaeróbica do Tumiarú, foi sucesso, levava todas as alunas selecionadas para se apresentarem em todos os locais até no famoso programa vicentino Ilha Porchat na TV... (rsrs). Comecei a multiplicar meu trabalho, a dar aulas em todas as academias de São Vicente, lembro-me que aos sábados as aulas eram de R$ 1,00 e bombavam desde as 10 da manhã ate às 20 h. Saia de uma e ia para outra, era loucura. A partir dai, decidi que necessitaria montar um trabalho mais selecionado, pois as empresas, casas noturnas me cobravam muito. Foi ai que montamos O BICHO PEGÔ, me lembro até hoje o primeiro show no Itararé da banda BEIJO e JOTA QUEST que estava iniciando (rsrsrs). Loucura, febre total. Criamos a partir dali uma multidão de fãs que nos perseguem até hoje.
As
maiores dificuldades que tínhamos no início era o preconceito, pois Homem
nenhum poderia dançar porque era visto como Homossexual e a falta de pessoas
que investissem nessa cultura, pois como eu fui o pioneiro e precursor, tive
que batalhar muito para pessoas começarem a perceber que dançar, é bom pra alma
e a dança faz bem ao corpo.
Dançarinos de SV: Fale um pouco sobre a sua formação e como isso ajudou na estruturação deste
projeto?
Irapuan Ruas: Hoje
sou professor universitário com cadeira nas disciplinas em Marketing na
faculdade de Administração de Itanhaém - UNIDEZ, pós-graduado em Administração
e Marketing Esportivo, formado em Educação Física e dança, e empresário no ramo
de eventos.
Devido
a esta formação, porque estudar faz crescer e enobrece a pessoa com atitudes
positivas, tive a honra que participar e elaborar vários projetos para rádios
da baixada e de São Paulo com a modalidade lambaeróbica, pois a mesma é vista
como além do dançarino se expressar, fazer as pessoas dançarem ao som
envolvente do ritmo baiano. Criamos um projeto, elaborado e lapidado por mim,
com um grupo de professores junto à prefeitura municipal de São Vicente e
nisto passaram entre nós cerca de 10 mil alunos.
Dançarinos de SV: Por
falar em projeto, você tem um trabalho social aqui na região. Como está o
andamento deste projeto e quais são as novidades?
Irapuan Ruas: Para expandir nosso conceito e imagem da dança motivado pelo O
BICHO PEGÔ para a COMUNIDADE, decidimos criar projetos sociais nos bairros de
São Vicente, que se expandiu por toda região da baixada santista. Como somos um
grupo com formação acadêmica e formadores de opinião, realizamos frequentemente
workshop entre nossa cúpula de mestres para realizar o sonho das crianças, do
adolescentes, do adultos e até da melhor idade em dançar e ser motivada pelo
conceito majestoso da dança, sempre fazendo o bem sem olhar a quem.
Dançarinos de SV: Quais foram as participações mais emocionantes do Bicho Pegô para você? Por
quê?
Irapuan Ruas: Cada
apresentação é triunfante, a cada entrada o coração dispara mais e mais e dependendo
do publico que ali está, ou ate do artista ou local onde nos apresentamos a
emoção fica a flor da pele. Foram varias, aberturas de shows onde nenhum grupo
de dança paulista tinha pisado em palco antes destes artistas, Ivete Sangalo,
Chiclete com Banana, Claudia leite e muitos outros. O Por quê ? Quando sonhamos
com algo e isto se realiza, o desejo e a satisfação de dever cumprido vêm à
tona, é muito bacana isso.
Dançarinos de SV: Durante todos estes anos o Axé sofreu várias modificações. Qual é o segredo
para se manter atualizado sem perder as características conquistadas e que
identificam o seu trabalho?
Irapuan Ruas: O axé sofreu muitas e muitas modificações., falamos em axé como a
forma afro de se expressar com harmonia, mas se divide na musicalidade em
vários ritmos: Micareta, samba duro, swingueira, pagodão baiano, pagofunk,
lambaneja e outros. O que caracteriza o professor é a arte de ensinar dançando
e o que caracteriza o dançarino é a forma de se expressar com habilidades
e movimentações que só vemos nessa cultura. O que nos fez famoso foi a arte de
ensinar pois muita gente gosta de aprender e não ver.O segredo? Ah... Não posso
contar, quer que meus concorrentes leiam isso? (rsrsrrs). Não tem segredo, TUDO
QUE SE FAZ COM AMOR E DEDICAÇÂO DÁ CERTO.
Dançarinos de SV: Muitos grupos surgiram na cidade de São Vicente depois do Bicho Pegô. E depois
de tantos anos desenvolvendo este trabalho, como você vê a modalidade aqui na
cidade atualmente?
Irapuan Ruas: Surgiram grupos ,pois houve intencionalmente de minha parte, a
criação de concorrencia, abri espaço nas apresentações a alunos que
queriam montar grupos e a partir daí gerou a concorrencia que nos favoreceu,.,
outros grupos excelentes surgiram através da dança de rua, e se moldaram a
lambaeróbica. Devido ao pioneirismo e formação e entendimento educacional e
administrativo, O BICHO PEGÔ se fortaleceu e merece os méritos por sobreviver,
e bem, a muitas batalhas. Eu vejo a modalidade cada vez mais em regressão, não
era como antigamente, hoje somos o único grupo de lambaeróbica que ensina
professores a dar aula com sistema educacional e respeitando os limites do ser
humano e enquanto tivermos isso e eu puder ter forças para ensinar e discipular
conseguiremos manter a VERDADEIRA LAMBAEROBICA, a arte de ensinar dançando. Os
grupos tomaram uma postura radical e apelativa devido a algumas letras de
musicas e não educacional, onde só demonstram habilidades nas
coreografias tendo somente o prazer de dançar e não de interatividade. Fico de
longe às vezes observando, mas está se acabando este processo , os próprios
grupos estão na zona de conforto e não observam que para crescer e necessário
ensinar á ensinar.
Dançarinos de SV: A
dança é pouco valorizada no país. Mesmo numa cidade de turismo como São Vicente
poucos profissionais da área são absorvidos. Você que sempre lutou pela
valorização da dança tem algum projeto para incentivar esse reconhecimento?
Irapuan Ruas: Sim
claro. Lutamos por um ideal, a dança seja ela de todas as formas e culturas.
Aqui em São Vicente há excelentes profissionais nesta área , mas não há campo
para a sobrevivência, e também não há políticas públicas que favorecem ao bem
estar de quem esta fazendo e de quem ensina, é muito pouco o investimento. Se
tenho projetos? Sim tenho, mas fazem parte de metas de um planejamento que irei
cumprir e terão inicio em um futuro próximo, não posso contar vai estragar a
surpresa... (rsrsrs).
Dançarinos de SV: Irapuan, na sua opinião qual o melhor caminho para a cidade absorver estes
profissionais da dança e, também, dos outros seguimentos artísticos?
Irapuan Ruas: O melhor caminho é dar oportunidade a quem ama a dança e sabe que a dança faz parte de seu ciclo de vida. Nós como artistas, buscamos longe nossos sonhos em outras cidades, outros estados e até em outro país, mas o que se deve contar é que não temos representantes políticos na área vicentina, poucos empresários também que acreditam no negócio da dança, a falta de estrutura faz com que nós busquemos em outro lugar nossa felicidade pessoal e profissional.
Dançarinos de SV: Qual a importância da família?
Irapuan Ruas: Família
e a base de tudo, é um instrumento de DEUS para a felicidade. A família tem um
papel importantíssimo na educação do ser humano, e nela que nos espelhamos, e
refletimos nossos sentimentos mais puros. A família na dança tem um poder
incrível, é a sustentação de um pilar importantíssimo chamado base de
construção, onde em uma queda, será sempre a primeira a aconselhar com exatidão
e conhecimento. Muitas vezes a família na dança tem o poder de sustentar e
motivar os sonhos.
Dançarinos de SV: Esta
pergunta visa esclarecer dúvidas dos novatos na sua modalidade. O que é preciso
fazer para se profissionalizar no Axé?
Irapuan Ruas: Não
existe receita de bolo, ser um profissional e ter dedicação, gostar do que faz
e fazer com muito carinho. As oportunidades passam em sua frente e ter atitude
para agarrá-las é primordial.
Dançarinos de SV: O
Bicho Pegô atrai muitos foliões no Carnaval da cidade. Qual a sensação de estar
à frente desta manifestação tão brasileira?
Irapuan Ruas: Além
disso, também temos um bloco carnavalesco na cidade que em 10 anos juntou 80
mil pessoas, segundo estatística da policia militar no Carnaval de rua
2012. Somos o segundo maior bloco do estado de São Paulo, somente perdemos para
o Bloco das Baianas que ha 70 anos anima a cidade e têm 110 mil foliões. O
que mais nos deixa felizes é que em 10 anos pudemos ter a certeza do quanto
somos tão queridos pela população, e participar desta manifestação popular nos
faz verdadeiros cidadãos e comprometidos com o futuro da cidade.
Dançarinos de SV: Irapuan, quais são as suas metas para o futuro?
Irapuan Ruas: Minhas
metas? É complicado perguntar e deixar aqui expresso isto, todos vão saber
quais os ingredientes da Coca Cola (rsrsrsrs).
Vou
relatar aqui uma delas e a mais importante: Lutar e se dedicar para
fazer com que as pessoas ensinem com amor.
Irapuan Ruas: Aos
meus admiradores e futuros fãs de nosso trabalho uma mensagem simples:
"
Fazer o bem, sem olhar á quem "
Grande
abraço a todos e contem comigo!
Depois de uma mensagem positiva como esta, só podemos desejar muito sucesso para todos os envolvidos neste trabalho e agradecer todos os momentos de alegria proporcionados por este grupo.
Em particular, desejar ao companheiro de profissão Irapuan Ruas que alcance suas metas e continue seu belo trabalho por muitos anos.
Ficaremos aqui na torcida pelo fortalecimento da dança na região e aguardando as novidades.
Depois de uma mensagem positiva como esta, só podemos desejar muito sucesso para todos os envolvidos neste trabalho e agradecer todos os momentos de alegria proporcionados por este grupo.
Em particular, desejar ao companheiro de profissão Irapuan Ruas que alcance suas metas e continue seu belo trabalho por muitos anos.
Ficaremos aqui na torcida pelo fortalecimento da dança na região e aguardando as novidades.
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2 comentários:
Obrigado, estou emocionado !
Grande abraço a todos do mundo da dança, ao qual aprendi a amar e respeitar.
" Fazer o bem sem olhar à quem "
#vamsocomtudohein
Deus é fiél
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